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«Funcionários públicos há, e não serão tão poucos como tudo isso, antes pelo contrário, para quem o exercício de funções sempre extravasou o simples «emprego», para se colocar no domínio da verdadeira dedicação à causa pública.
Funcionários de diversos serviços trabalhando para além do horário devido sem receberem remuneração suplementar em troca, médicos e enfermeiros tratando doentes como se fossem seus familiares, professores vendo nos alunos filhos seus, polícias dando a vida em defesa de bens alheios, etc.
No entanto, num tempo de «depressão» colectiva em que, aparentemente, se decidiu transformar o funcionalismo público no bode expiatório de todos os males sentidos, ninguém lhes regista o mérito, nunca houve uma cultura de reconhecimento em relação a eles, vendo-se, antes e não raro, tratados por igual ou mesmo preteridos em relação a gente parasitária e oportunista que, também, como em qualquer outro lugar, germina na administração pública, que falta e mete atestados médicos a propósito de tudo e de nada, que chega atrasada ao serviço e sai a horas, que passa mais tempo na «bica», no fumar e na cavaqueira do que, propriamente, a trabalhar, progredindo na carreira e ocupando cargos de chefia pela simples «cunha», por terem manhosamente aprendido a mover-se nos corredores do poder, independentemente do nível deste, ou pelo cartãozito partidário que, interesseiramente, transportam no bolso…
Um país sem Estado não será país.
O nosso Estado estará doente, mas percam-se, porque não reconhecidos e, ainda por cima, afrontados, todos aqueles que, apesar de tudo, teimam em ser servidores da causa pública e verão, decididamente, quanto o país ficará pior.
Depois, não se queixem!
PS – Se D. Efigénia, funcionária pública, se dá ao luxo (que eu bem sei, por mais que ela o procure disfarçar), de gozar férias no estrangeiro, mais concretamente em Ayamonte, onde vai aos sábados de quinze em quinze dias, passeando de manhã a ver as montras e, à tarde, fazendo compras de géneros alimentícios para a quinzena seguinte, e, ainda, aproveitando para atestar o carro de gasolina, por que razão é que o nosso Primeiro-Ministro, apesar da publicidade paga com o erário público de «Faça férias cá dentro», não há de ter direito a gozá-las, no Verão, em África e, no Inverno, na Suíça?
Deixemo-nos, pois, de ser invejosos e demagogos!».
Funcionários de diversos serviços trabalhando para além do horário devido sem receberem remuneração suplementar em troca, médicos e enfermeiros tratando doentes como se fossem seus familiares, professores vendo nos alunos filhos seus, polícias dando a vida em defesa de bens alheios, etc.
No entanto, num tempo de «depressão» colectiva em que, aparentemente, se decidiu transformar o funcionalismo público no bode expiatório de todos os males sentidos, ninguém lhes regista o mérito, nunca houve uma cultura de reconhecimento em relação a eles, vendo-se, antes e não raro, tratados por igual ou mesmo preteridos em relação a gente parasitária e oportunista que, também, como em qualquer outro lugar, germina na administração pública, que falta e mete atestados médicos a propósito de tudo e de nada, que chega atrasada ao serviço e sai a horas, que passa mais tempo na «bica», no fumar e na cavaqueira do que, propriamente, a trabalhar, progredindo na carreira e ocupando cargos de chefia pela simples «cunha», por terem manhosamente aprendido a mover-se nos corredores do poder, independentemente do nível deste, ou pelo cartãozito partidário que, interesseiramente, transportam no bolso…
Um país sem Estado não será país.
O nosso Estado estará doente, mas percam-se, porque não reconhecidos e, ainda por cima, afrontados, todos aqueles que, apesar de tudo, teimam em ser servidores da causa pública e verão, decididamente, quanto o país ficará pior.
Depois, não se queixem!
PS – Se D. Efigénia, funcionária pública, se dá ao luxo (que eu bem sei, por mais que ela o procure disfarçar), de gozar férias no estrangeiro, mais concretamente em Ayamonte, onde vai aos sábados de quinze em quinze dias, passeando de manhã a ver as montras e, à tarde, fazendo compras de géneros alimentícios para a quinzena seguinte, e, ainda, aproveitando para atestar o carro de gasolina, por que razão é que o nosso Primeiro-Ministro, apesar da publicidade paga com o erário público de «Faça férias cá dentro», não há de ter direito a gozá-las, no Verão, em África e, no Inverno, na Suíça?
Deixemo-nos, pois, de ser invejosos e demagogos!».
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