sexta-feira, janeiro 06, 2006

Sem concurso público

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Afinal, não são só assessoras para supervisionar o site do Ministério da Justiça (que, a propósito, quatro meses depois continua igual), a auferir vencimentos superiores a magistrados e sem qualquer concurso público ...

Será que é para suportar estas nomeações que estão a ser afectadas as receitas das custas judiciais que outrora eram canalizadas para os SSMJ, mas que apesar da eliminação de 80.000 beneficiários, continuam as elevadas custas judiciais sem qualquer alteração, em claro prejuízo para o acesso dos cidadãos ao sistema de justiça ?
E acalmem-se os mais provocadores leitores, que este post não é nenhum despeito. É que num "país pequenino" como é classificado por alguns, exige-se seriedade e cumprimento da palavra por quem profere afirmações aviltantes para os titulares de determinadas funções primordiais do Estado mas a sua conduta é precisamente o oposto do que afirmam dever ser o espírito de contenção e sacrifício para todos os cidadãos, sem privilégios nem jogadas de bastidores.

2 comentários:

Miguel Primaz disse...

Portugal pode cair na deriva autoritária a qualquer momento, basta surgir alguém que queira vestir esse fato e caminhe para aí, pois o desalento está a transformar-se em raiva contra este "status quo" politico, pós 25 de ABRIL, sem ideias e sem ideais, onde apenas os interesses clientelares são agraciados, definhando assim lentamente o Povo, que para aqueles que se esquecem é Soberano.

AnaP disse...

O que mais me assusta nisto tudo é que nada disto nos espanta ou escandaliza. Encolhemos os ombros, esboçamos um sorriso meio cínico e dizemos conformados: "é o país que temos". O que fazer numa situação destas? Quem é que tem competência para demitir a Neidi por ser completamente ilegal o processo que levou à sua "requisição"? Afinal, nem sequer se pode emendar a situação, pois apesar de aparentemete não vivermos numa ditadura, estes senhores fazem o que querem e lhes apetece e ainda lhes sobra tempo. No entanto, com o ministro da justiça que temos, que já tem uma história bem bonita passada em Macau, uma "Neidi" é uma bagatela moral, n'est ce pas? (Quem pode o mais, pode o menos...)