quinta-feira, janeiro 05, 2006

Qual plano tecnológico ?

NEM GENUÍNO NEM OPERACIONAL
O plano tecnológico não é "um plano estratégico que alimente uma visão", nem "um plano operacional, que determine acções concretas para alvos definidos e especificados", criticou hoje o presidente da APDSI (Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação), Dias Coelho.
A conclusão foi apresentada pelo Grupo de Alto Nível (GAN), que é constituído por 15 personalidades ligadas ao mundo empresarial, ao sector público e às universidades, que considerou que o conjunto de alvos estratégicos definidos no Plano Tecnológico está "desenquadrado de uma visão estratégica que lhe dê coerência e dinâmica de mobilização" e que o "ligue a um projecto de desenvolvimento para Portugal".
"Não sendo um plano estratégico genuíno, não é todavia um plano operacional, já que os alvos propostos são mais gerais do que é desejável que aconteça num plano destinado a ser controlado e aplicado afirmativamente", acrescenta o relatório.
IN PÚBLICO
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Comentário: Se alguém com a autoridade técnica e com a experiência acumulada, como é o caso do Presidente da APDSI formula este diagnóstico, importa questionar em que matérias e sectores concretos suportarão os contribuintes portugueses os milhões de euros previstos para este utópico plano tecnológico. Ou se servirá apenas para alimentar mais uns amigos, boys partidários ou lobbies económicos. Se for para desbaratar dinheiro como sucede actualmente com o habilus no âmbito da tecnologia dos tribunais, sem segurança nem estabilidade, então está tudo dito. Acrescentem-se ainda os interesses em que assentam a OTA e o TGV e encontrar-se-ão os efectivos beneficiários de projectos faraónicos. Depois não se surpreendam que um dia, talvez não muito distante, sejam constituídos arguidos.

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